quarta-feira, setembro 19, 2012

Post 2799

Tudo poderá ter começado no meu 16º aniversário quando me ofereceram a minha primeira máquina fotográfica. Na altura estava um pouco limitada pelos rolos de 12, 24 e 36 fotografias (mas já a cores), não tanto pelos rolos, mas pelo preço da revelação e impressão das fotografias. O pior muitas vezes era estar a pagar por fotografias que só depois se via que tinham ficado mesmo horríveis (como por exemplo quando tropeço e fotografo o chão ou é o cordão da máquina que se mete à frente de parte da objectiva - fotografias que agora a com câmara digital posso rapidamente apagar). 
Uma vez arranjei um rolo a preto e branco, com a ideia de tirar fotografias mais criativas e artísticas. Entretanto, esqueci-me dessa aquisição e nas férias de verão desse ano, o rolo perdeu-se no meio dos outros, dando depois origem a umas estranhas fotografias de paisagens, de praia e árvores, sem amarelo e verde, e com um falso ar de antigas. 
Mesmo assim e ao longo dos anos o meu brilhantismo esteve sempre presente, embora com rolos de 24 e 36 fosse mais suportável a exibição dos resultados. Ía de férias e voltava com 72 ou 96 fotografias e já pareciam muitas. Agora num fim-de-semana consigo facilmente regressar com 600, 800 ou 1000. 
As limitações antigas ficaram bem patentes em viagem à Grécia. Em Atenas, num dia de muito calor, iniciámos a subida até ao Parténon (ou, ao que restava dele). Munida da minha máquina antiga, desatei a fotografar entusiasticamente e disparei a enormidade de dez ou quinze fotos (praticamente metade do rolo) enquanto subíamos com a visão do templo bem lá em cima, sob o sol impiedosamente quente. A certa altura apercebemo-nos que tinhamos seguido pelo caminho errado que nos afastava do Monumento. Foi preciso voltar atrás, descer um pouco, para voltar de novo a subir e subir. Quando finalmente lá chegámos, só terei tirado três ou quatro fotografias e todas com turistas à frente porque eram tantos que não se conseguia um enquadramento das ruínas sem eles (talvez actualmente com o photoshop se conseguissem apagar os turistas).
Entretanto ganhei uma máquina digital e descobri os cartões de 4GB que permitem 2000 fotografias óptimas (mais precisamente 1984 óptimas ou 1999 normais). Assim posso tropeçar à vontade e tirar várias fotografias do chão...

8 comentários:

  1. Gostava de saber fotografar bem.
    Sou um desastre!
    O meu primo, que será seu vizinho, Paulo Coimbra Amado, é que é craque.
    Ganha prémios atrás de prémios.
    Bjs

    ResponderEliminar
  2. Realmente há alguma diferença eheheheh!
    Mas as antigas têm outra magia...
    :)

    ResponderEliminar
  3. Cara menina Redonda,

    revi os seus comentários, por várias vezes, e cheguei à conclusão que o problema reside na falta de adequação dos actuais cursos, ás necessidades dos utilizadores das máquinas fotográficas digitais (MFD)...

    Ou seja, proponho que os cursos em fotografia passem a ser leccionados da seguinte forma:

    Curso de Fotografia
    − Introdução à máquina fotográfica digital (MFD)
    − Como colocar cartões de 4G nas MFD
    − Como trocar pilhas na MFD: Posição parado; Posição em andamento
    − Como afastar turistas indesejados das fotos
    − Como tirar fotografias a partir da viatura, avião e TGV


    Mestrado em Fotografia
    − Como utilizar o Photoshop para cortar pedaços indesejados das fotos
    − Como utilizar o Photoshop para eliminar turistas, amigos, cães e ou gatos das fotos
    − A técnica da tesoura como fotomontagem
    − A arte de colar fotografias em álbuns

    Doutoramento em Fotografia
    − Técnicas de arquivo de 2 milhões de fotografias, ou mais, de forma fácil


    Estou convencido que estes cursos teriam muito sucesso ....

    Sugiro, por exemplo, enviar este post a Serralves e pode ser que no próximo ano haja um curso à altura das actuais necessidades de todos que pretendem tirar "excelentes" fotografias

    Obrigado por poder contribuir

    Bj
    Pizza Boy

    ResponderEliminar
  4. Eu gostei das fotografias de férias, acho que eram da Alemanha ou Austria...
    Será que o primo tem algum blog?
    Um destes dias talvez vá procurar algum curso ou ensinamentos na net :)
    um beijinho



    Às vezes, com as antigas, havia boas surpresas, Paula :)



    :)) Eu inscrevia-me já em todos os cursos, Pizza Boy (desde que fossem baratinhos :)
    um beijinho

    ResponderEliminar
  5. Com tanto disparo, na rua nunca a confundiram com uma metralhadora?

    ResponderEliminar
  6. Sou o primo do Pedro Coimbra e ainda não tenho blog... Ele é que é perito em blogs e similares. O Pedro exagerou na sua apreciação, sou um autodidacta, que vou lendo, tentando e tendo alguma sorte com as fotografias. Se tiver curiosidade, tenho galeria em alguns sites de fotografia: PodiumFoto.com, 1000imagens.com, Olhares.com. O requisito fundamental para obter boas fotografias é ter sentido de observação, que pode ser inato mas também se aprende e treina. Recomendo-lhe a leitura do livro "Fotografia", de Joel Santos, que poderá adquirir na generalidade das livrarias - é feito por um dos melhores fotógrafos portugueses, que também começou por "carolice". O livro tem grande qualidade na transmissão da informação e também nas fabulosas imagens publicadas. Votos de Feliz Ano de 2013. Paulo Coimbra Amado

    ResponderEliminar
  7. Muito obrigada pelas ideias dos sites e do livro e pelos votos (a seguir vou procurar os sites e vou anotar o livro para o procurar nas livrarias).
    Um bom 2013 e obrigada
    Gábi

    ResponderEliminar