Manhã de Domingo, perto da hora de almoço. Céu azul, sol e calor. Bastante movimento, perto da Igreja. Poderá haver um casamento ou um baptizado, ou poderá ser só o final da missa. Duas senhoras de alguma idade passam por mim. Uma está a dizer à outra "ele morreu numa segunda-feira". Na forma como conversam a morte parece fazer parte da vida. No mesmo tom de voz poderia estar a dizer "ele nasceu numa segunda-feira". Pouco depois, passo por um casal no qual a senhora fala alto, zangada com alguma coisa ou alguém, mas não será com ele, que lhe responde bem-humorado, "agora vamos conversar com um bacalhausinho".
Indo de encontro ao que escreveste uns posts atrás, se a vida será só isto ou tudo isto, e acerca da senhora que falava da morte: a morte pode ser só isso, acho eu.
ResponderEliminarE de facto a morte faz parte da vida. Nós é que nos habituámos a estranhá-la... :)
ResponderEliminarPara os que vão e para os que ficam, espero que não, Gigi :)
ResponderEliminarLidar com a morte assim parece sem dúvida mais saudável do que a revolta e a depressão, Luisa, embora para já eu não consiga ter essa sabedoria :)
Também não consigo lidar com a morte de forma racional.
ResponderEliminarNem sei se alguma vez o conseguirei.
Pois...
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