Crónicas de passeante

Ontem, no início da tarde, à minha frente no Marquês, seguiam duas senhoras apressadas, talvez com quarenta anos, talvez mais ou talvez menos. Uma baixinha de cabelo castanho claro com caracóis nas pontas que pareciam acabados de fazer, vestida de escuro, a outra mais alta, de meias e sapatos pretos, casaco cinzento comprido, cabelo meio frisado e muito volumoso. A mais baixinha ria muito. As duas pareciam felizes e num mundo próprio.

Antes, passei por um grupo de jovens que tinham ar de estar a dirigir-se para a manifestação da geração à rasca (ou posso ser eu que depois lhes emprestei esse ar de protesto). E não sei se poderá adiantar para alguma coisa, mas ainda bem que há quem acredita que sim.