quarta-feira, agosto 12, 2009

Reflexões profundas 624 (vou manter a rubrica enquanto não me esqueço do número que arranjei)

1ª Reflexão profunda: Mesmo não indo a lado nenhum é óptimo ter amigos que se lembram de me convidar. Assim há dois anos não fui ao Vietname e este ano já não fui à China e a um cruzeiro!
2ª Reflexão profunda: Existe uma certa responsabilidade primeiro com os links e agora com os seguidores aqui ao lado direito. Olho para os quadradinhos preenchidos ou não com imagens e penso que mereceriam textos verdadeiramente profundos...talvez um dia consiga arranjar alguém para os escrever
3ª Reflexão profunda: Continuo bloqueada e a escrever pouco, no blog, nos diários chatos e nada de nada no projecto do livro.

5 comentários:

  1. Não ter, ou parecer que não se tem, nada para escrever, é um assunto que dá para escrever carradas de linhas no blogue. :)

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  2. 1- Cada vez estou mais convencido que viajar é uma das formas mais estúpidas de perder tempo e dinheiro. Nada do que se vai ver a parte nenhuma é novo. Tudo o que se vai ver a qualquer parte do mundo pode ser visto em viagens virtuais na net, com a vantagens de estas serem substancialmente mais baratas, não comportarem filas, nem horas de espera em aeroportos, nem jet lag.

    2- Textos verdadeiramente profundos exigiam leitores verdadeiramente profundos. Estes últimos, se existem, não frequentam a blogosfera.

    3- Quanto ao escrever e ao projecto de livro, permito-me apenas recordar-lhe o texto de Bernardo Soares que transcrevo abaixo. Talvez ele a ajude a dedicar-se mais aos seus projectos. Espero que sim, embora a mim não tenha ajudado:

    «Vivemos pela acção, isto é, pela vontade. Aos que não sabemos querer - sejamos génios ou mendigos - irmana-nos a impotência. De que me serve citar-me génio se resulto ajudante de guarda-livros? Quando Cesário Verde fez dizer ao médico que era, não o Sr. Verde empregado e comércio, mas o poeta Cesário Verde, usou de um daqueles verbalismos do orgulho inútil que suam o cheiro da vaidade. O que ele foi sempre, coitado, o Sr. Verde empregado no comércio. O poeta nasceu depois de ele morrer, porque foi depois de ele morrer que nasceu a apreciação do poeta.
    Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, não em ter condições para ter êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se o não fizerem ali?

    ***

    Saber que será má a obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta esquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. Essa planta é a alegria dela, e também por vezes a minha. O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto mebasta, ou me não basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida.
    »

    De: O Livro do Desassossego

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  3. Humm, talvez o parecer que não tenho, Gigi :)



    Bem, Funes este é precisamente um caso em que o comentário deveria ser o post, embora depois o post não servisse também sequer para comentário.
    1. Talvez eu tenha que viajar só um pouco mais para conseguir chegar a essa conclusão.
    2. Discordo profundamente. Partindo do pressuposto que existem (e não vou ousar pensar agora em como defini-los)já encontrei alguns, leitor e comentador...
    3. Desconfio que o Bernardo Soares estará absolutamente certo.

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  4. Bem menina o seu problema está resolvido ;-)
    Nós os comentadores de serviço escrevemos por si (como alguém já escreveu) e passa a publicar os comentários.......
    Eu vou ser franca: não conte comigo para grandes brilharetes porque ando cansadita mas lá para o Outono prometo que vou comentar com textos inebriantes e de refinado recorte literário....;-))
    Beijos

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  5. E agora na sequência do post que escrevi em cima, existirá o terrível perigo de no Outono a convidar mas é para co-autora deste blog! :)

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