Aula de terça

Ontem cheguei muito atrasada à aula. Perguntei a uma colega sobre o que se estava a passar e respondeu-me que se tinha perguntado quem gostara e quem não gostara do livro ("No Silêncio de Deus", de Patrícia Reis) e agora os colegas que se tinham manifestado, desenvolviam porque tinham gostado ou não.

Durante o tempo em já lá estava, falou-se das diferenças entre a escrita literária e a escrita jornalística, foi chamada a nossa atenção para alguns parágrafos do livro e foi-nos colocado o desafio de ficcionar uma entrevista - perguntas e respostas - ao nosso Professor. Depois questionou-se se um escritor teria de ser uma má pessoa ou ter um lado mau. Apologista da diversidade queria ter exemplificado com escritores que fossem ou tivessem sido reconhecidamente boas pessoas, mas não consegui lembrar-me de nenhum. Imagino que muitos o sejam. Referi o José Mauro de Vasconcelos na ideia de quem escreve um livro como "O meu pé de laranja lima", ter de ser boa pessoa, mas não o conheci mesmo e ainda estou sob o efeito do choque por o nosso Professor ter revelado que a Beatrix Potter sequestrava e espancava uma sobrinha (ainda não sei depois disto como é que vou encarar os coelhinhos dos seus livros se os encontrar por aí).