terça-feira, março 31, 2009

Reflexões ensonadas I

Às vezes os textos são como sementes da expectativa de colher tempestades.

Nos últimos tempos ando a ler sobretudo poesia.

Leio poemas que me surgem hermeticamente fechados e tento espremer de algumas palavras imagens ou emoções.

Levo menos tempo a ler os textos que são normalmente mais curtos, mas ao contrário da maioria da prosa com linhas condutoras claras que nos conduzem pela história, aqui perco-me numa multiplicidade de significados e sentidos.

Fico sem a certeza de quase nada. Talvez só de vez em quando de um estado de alma, de uma emoção.

A poesia parece-me mais próxima da pintura. Para descrever um poema, como para um quadro, mil palavras podem não ser suficientes.

Não sei se por insistir, irei chegar a algum lado, embora algumas vezes sinta como um reencontro feliz aquele com um poema já conhecido.

Esta pode bem ser uma viagem sem destino.

4 comentários:

  1. POESIA NÃO SE ACONSELHA, EU SEI, MAS JÁ AGORA RECOMENDO FLORBELA ESPANCA. UM DELEITE.
    BJS.
    Maltês

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  2. Também gosto muito do que tenho lido dela.

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  3. Não me 'dou' muito bem com a poesia. Acho-a cheia de recantos e veredas, e por isso complexa...
    Tudo o que leio, bem como o que escrevo, disseco. E a mim parece-me que a poesia não se presta a isso. Poderei estar enganada, claro, mas o que sinto em relação à poesia é isto.
    Beijinhos

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  4. Sabias que me pareceu poética a tua definição da poesia como cheia de recantos e veredas? :)
    Talvez tenhamos as duas de dar uma oportunidade à poesia :)
    um beijinho

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