quinta-feira, setembro 04, 2008

O sentido da vida - post que poderia ser profundo

Li um artigo numa revista (já não me lembro qual, nem quando) no qual um cientista entrevistado defendia a tese que sobrevivemos através do DNA que transmitimos aos nossos filhos. Essa ideia de continuarmos vivos através de obras que realizamos, dos filhos que temos ou na memória dos que ficam, sempre me pareceu insuficiente. Daí posso dar o salto para o sentido da vida. Eu tinha a expectativa de que quando crescesse, saberia qual é. Ora, não me parece que vá crescer mais, a não ser eventualmente para os lados ou recorrendo a saltos altos, e até agora nada. Existirá um sentido e se existir qual será?

15 comentários:

  1. Quanto a mim, os filhos dão mesmo sentido à vida principalmente porque nos revemos neles.
    Quanto ao verdadeiro sentido da vida, creio estar profundamente instalado... :)

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  2. Acho que gostaria muito de ler um texto teu no qual desenvolvesses estas ideias.
    Não sei como será em relação a um filho, sei o que sinto em relação aos meus pais (e aí mesmo 3 filhas parece-me pouco, não quero que partam nunca e se calhar gostaria mesmo que o sentido da vida estivesse numa continuação num depois)

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  3. Posso falar em relação ao sentido que os filhos dão à vida. Se calhar é por a continuação da nossa "espécie" serem os filhos embora também pense e ache que se eu vir morrer os meus pais (isto porque poderá suceder o contrário), fica-se com a sensação de que nós seremos a seguir, enquanto que os filhos significam juventude, fulgor, continuidade.
    Com os meus pais eu não sinto assim, eu sinto que eu é que sou a continuidade deles.
    A quem tem filhos, é mais fácil suportar as amarguras da vida que escoa pois eles são mais jovens e são nossos. Pomos os olhos neles e ficamos felizes apesar de sabermos que a nossa vida está para aí a meio. Mesmo crecidos, com defeitos e coisas desagradáveis são sempre nossos. Os filhos são tão especiais que nunca ninguém nos poderá tirar, venha quem vier...
    Dão sentido à vida.
    O meu blog está cheio de post's dos ricos filhos, a etiqueta "ricos filhos" foi a primeira que criei.
    Eles não são tudo para mim, a minha vida é composta de outras coisas mas eles são a maior e melhor parte.
    bjs :)

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  4. A procriação é o instrumento máximo que qualquer ser usa para assegurar a sobrevivência não individual mas sim da espécie. É o instinto de sobrevivência grupal que se encontra bem enraizado no nosso código genético.

    Claro que, no que toca ao ser humano, a complexidade cerebral leva a que a relação pais-filhos seja vivida de forma mais profunda, numa mais complexa e duradoura ligação afectiva com a prole, originando aí um sentimento de persistência do ser nos seus filhos. Mas isso dever-se-á mais à complexa e mais duradoura ligação afectiva com a prole.

    Ainda por cima isto tem tendência a agravar-se já que actualmente, cada vez mais filhos deixam a casa dos pais depois dos 30 anos :P

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  5. Profundo- para quê? Basta-lhe ser sério e sincero, sóbrio e pode mesmo ser superficial. O sentido da vida é o que cada um quiser dar-lhe depois de cumprir os preceitos comuns à raça humana ,temperados com a educação e a cultura que se tiverem interiorido. E não é fácil...

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  6. Não, não se trata do famoso filme dos Monty Python. É apenas uma história fantasiosa - uma fábula, se quiserem. As fábulas são geralmente histórias passadas com personagens imaginárias que pretendem passar uma mensagem positiva, um ensinamento qualquer ou suscitar uma reflexão. Eu vejo esta história como tal. Acho que é uma boa caricatura da vida, simultaneamente irónica e amarga, como só o humor consegue. Cada um pode retirar as ilações que bem entender...

    No primeiro dia Deus criou a vaca. E Deus disse:
    - Tens que ir para o campo com o agricultor durante todo o dia e sofrer debaixo do sol, e dar leite para sustentar o agricultor. Eu dar-te-ei uma vida de 60 anos.

    A vaca disse:
    - É uma vida dura que tu queres que eu viva durante 60 anos. Dá-me somente 20 e eu devolvo-te os outros 40.
    Deus concordou.

    No segundo dia Deus criou o cão e disse:
    - Senta-te o dia perto da porta da tua casa e ladra para qualquer pessoa que entre ou que passe por perto. Eu dar-te-ei 20 anos de vida.

    O cão replicou:
    - Isso é muito tempo para estar a ladrar. Dá-me somente 10 e eu devolvo-te os outros 10.
    Deus também concordou.

    No terceiro dia Deus criou o macaco e disse:
    - Distrai as pessoas, faz truques de macaco e fá-los rir muito. Eu dar-te-ei 20 anos de vida.

    O macaco não ficou muito contente:
    - Que cansativo, truques de macaco durante 20 anos!? Acho que não. O cão devolveu-te 10 anos e é o que eu vou fazer também, ok?
    Deus concordou novamente.

    No quarto dia Deus criou o Homem e disse:
    - Come, dorme, brinca, faz sexo, diverte-te. Não faças nada, simplesmente diverte-te. Eu dar-te-ei 20 anos de vida.

    O Homem respondeu:
    - O quê!? Só 20 anos? Nem pensar! Vamos fazer o seguinte: eu fico com os 40 anos que a vaca devolveu, com os 10 do cão e os 10 do macaco. Isso faz 80. Pode ser?
    - Sim - disse Deus - negócio fechado.

    É por isso que durante os primeiros 20 anos comemos, dormimos, brincamos, fazemos sexo, divertimo-nos e não fazemos nada. Os 40 anos seguintes, sofremos ao sol para sustentar a nossa família, os 10 seguintes fazemos figura de macaco para entreter os nossos netos e os últimos 10 anos sentamo-nos na varanda e ladramos a toda a gente...


    É este o sentido da vida...

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  7. Só revelarei a minha identidade no dia em que me digas qual é o (teu) sentido da vida.

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  8. Gostei muito do que escreveste Gigi. Obrigada.
    um beijinho




    Então será o sentido da vida, Caetano.
    A seguir vou procurar descobrir mais sobre si. Fiquei curiosa :)



    Também não me parece fácil MC, mas mesmo assim gostava de descobrir um sentido de vida universal



    Gostei da história, Anónimo (sempre me pareceu muito injusto os cães viverem tão pouco)

    e porque sou muito ligeiramente curiosa, vou tentar responder :) para já, penso que o sentido da vida estará no amor, no que sentimos e sentem por nós

    Agora quero saber quem és!

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  9. Então convido-a a ir passando pelo Blog do Katano (http://dokatano.blogspot.com) ;) Será bem-vinda.

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  10. Já fui lá, não fiz foi a associação entre o nome e o do blog :)
    obrigada :)

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  11. Não teria sentido... a vida sem sentido!

    Deste a resposta mais sábia... o sentido da vida é o AMOR.

    A vida... é tão breve para tanto afecto... sobretudo entre pais e filhos!

    Do outro Amor, daquele que cantam os poetas, nada direi. Pintaria um quadro em tons cinza, de fogo rápido e... finito. E não seria bonito fazê-lo. A vida também nos ensina através de caminhos errados... que pareciam prados verdejantes, com papoilas rubras a dar uma nota de alegria. Há ilusões. Não falemos delas...

    Mas o AMOR aos/dos filhos... e, atrevo-me a acrescentar... o AMOR aos/dos amigos «ANAM CARA» (Amor/Amigo de alma... para os Celtas... sorriso)... esse é Ad aeternum.

    Somos imortais enquanto perduramos na memória de quem amamos e dos que nos amam...

    E o sentido da vida, para mim, é VIVÊ-LA intensamente... Carpe Diem... ou Carpe momentum... porque ao darmo-nos plenamente em tudo o que somos cada dia... deixaremos um trilho de passos de LUZ... que se chama afecto... AMOR.

    Ni*

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  12. Muito bonito o que escreveste Ni. Quando leio os teus comentários penso muitas vezes que eles é que deveriam ser "posts" porque escreves de uma forma muito bonita e especial.
    um beijinho e obrigada

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  13. É um tremendo erro teimarmos que tudo na vida, a dita inclusivamente, tenha que ter sentido.
    Não necessáriamente. Convido-te apenas a reflectir no seguinte facto: Sendo o homem o único ser vivo a ter consciência de que vai morrer, é simultaneamente o que mais despreza, maltrata e atropela a vida.
    Sendo que este facto, incontestável, não faz sentido, que mais poderia fazer sentido na vida?!!!

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  14. Mesmo assim (e vou teimar pouquinho, só mui ligeiramente) gostaria que houvesse um sentido

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