domingo, junho 29, 2008

Ontem fui assistir à homenagem a Fernando C. Lapa pelo Coro Académico da Universidade do Minho, no Theatro Circo em Braga. Gosto da cidade, sobretudo num entardecer e noite de verão e gostei de ouvir o coro, especialmente uma das solistas que é amiga de uma das minhas irmãs.

terça-feira, junho 24, 2008

Trabalhos para o atelier

Vamos lá a ver... a primeira questão ou desafio: "A que é que sabem os espargos?"
Relembro o momento em que provo o espargo pela 1ª vez... e da forma errada - utilizei o garfo e a faca quando pelos vistos devem ser comidos à mão!
A que sabem os espargos?
Surge o espargo!
Meio amarelado, único, com um cheiro a nabo.
Provo...
Meio mole, frio, salgado, um pouco amargo.
O espargo sabe a nabo!

Passemos para o 2º desafio.
O que é que evocam as tripas à moda do Porto?
O altruísmo dos portuenses?
Um almoço de restaurante que não escolhia?
Os feijões brancos e molho laranja que provo em busca de inspiração?

É melhor passar à frente...
3º Desafio
Aroma e sabor de um vinho do Douro
...
Pois... normalmente... bebo água...
Alegremente cedo algum do conteúdo do copo a um colega que o adivinhou e mesmo assim vou acabar por não o beber todo.
Apesar disso faço um esforço dividido em vários pequenos goles. Cheira a vinho, a álcool. Inspiro profundamente várias vezes. Continua a cheirar-me a vinho e a álcool. Provo. Talvez um pouco amargo, primeiro fresco, depois quente. Não consigo sentir cheiro ou gosto de qualquer fruta, nem sequer de uma uva. Sabe a vinho e pronto!
Com uma pequena ajuda tento desenvolver a ideia (que não é minha) que saberá quando o reconhecemos, ao momento em que antes o bebemos. Com ele traz a companhia com quem estávamos, a alegria ou a saudade.

Hoje

Hoje está a ser um óptimo dia. Conheci em pessoa um bloguista que superou a ideia positiva que já tinha dele - por isso gosto da blogosfera, pelas pessoas e mundos que nos permite conhecer - e tenho alguns minutos para tentar escrever alguma coisa de jeito para o atelier amanhã.

segunda-feira, junho 23, 2008

A última sessão do atelier foi absolutamente espantosa! Para variar, consegui chegar antes, a tempo de me aperceber que uns colegas aproveitavam esses momentos para redigir o TPC que ainda não tinham feito (mesmo assim, nesses poucos minutos, dois deles elaboraram textos de que gostei muito - eu não ousei ler o meu, no que fiz muito bem). Depois de alguns terem lido o que tinham escrito, é-nos dito que se seguirá um exercício prático. E este foi inesperadamente incrível. Foi-nos servida uma refeição verdadeira (não literária) com os seguintes itens: um espargo cozido, tripas à moda do Porto, um morango com queijo, acompanhados de um vinho do Douro e de vinho do Porto. Para os próximos trabalhos devemos escrever sobre:
- A que é que sabem os espargos!
- O que é que evocam as tripas à moda do Porto;
- Sabor e aroma do vinho do Douro.

terça-feira, junho 17, 2008

Parece que afinal o TPC é escrever um menu!

Hoje andei a correr, de casa para trabalho, depois de trabalho para curso, com pequena e rápida passagem pela Fnac, onde de novo testei a minha mais recente experiência para combater o sono (que revelo em inédita e 1ª mão dentro destes parêntesis - dois ou três ou mais rebuçados de limão) e soube por um colega que afinal o TPC é escrever um menu.
Como tem de ser para amanhã, vou experimentar redigir um primeiro rascunho.
Começa-se pelo apetite: recomenda-se primeiro imenso apetite. Para isso poderá ser boa ideia não ter comido absolutamente nada nas três horas ou melhor nas seis horas precedentes. Depois para entrada, corta-se uma pequena fatia de pão e mete-se a mesma na torradeira. A seguir e como 1º prato, parte-se uma fatia maior e mete-se na torradeira. Como esta terá entretanto aquecido, teremos de vigiar com atenção para evitar que a fatia se queime ou vire carvão e se for preciso retirá-la com uma faca de lá de dentro, se por acaso o botão de emergência que faz saltar a dita estiver emperrado. Esta poderá ser barrada dos dois lados ou então poderá ser barrada com manteiga e compota. Finalmente para sobremesa, e no caso de já se estar farto de torradas, viramo-nos para a compota: artisticamente deitamos algumas colheres num pequeno prato e está feito!

sexta-feira, junho 13, 2008

Novo TPC - "Help"

Para a próxima quarta-feira tenho como trabalho de casa escrever um menu ou uma receita com rigor culinário e literário. Na sessão o tema foi o gosto ou o sabor e a escrita. Leram-se textos (dois de Proust) e debateram-se ideias. Não me sinto muito inspirada e decididamente prefiro comer, mesmo sem saber quais os ingredientes que tornam um prato especial ou único. Se não for recorrer à paella do Lidl, talvez possa redigir uma receita de torradas...

terça-feira, junho 10, 2008

Hoje


Antes que o hoje passe a ontem, vou tentar escrever meio post depressa. Fui tomar um café com a Pin Gente ao Palácio de Cristal e sem o sabermos acertámos no dia da inauguração de uma exposição de desenhos e pinturas de Abel Salazar. Serviam bebidas e entradas e não resisti a uma mini-natinha muito boa. Gostei das pinturas: "Festa no Adro", "Mulheres na Penumbra" e "Mercado da Ribeira". Um senhor simpático mostrou-nos a sala onde irão decorrer três aulas ou sessões de desenho à vista (a 1ª já no próximo dia 14) que me pareceu saída de um filme: um sítio reservado ao modelo (penso que por cima tinha um pano branco ou um lençol), rodeado dos cavaletes que já com telas ansiosamente aguardavam os alunos.


domingo, junho 08, 2008

Concerto

Sábado fui com uma amiga ao Europarque em Santa Maria da Feira assistir a um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, dirigida por Piotr Anderszewsky, que também tocava piano. Tocaram peças de Haydn, Bach e Beethoven. Ainda não conhecia o Europarque. Gostei do lago verde a reflectir as árvores e do concerto de grilos em noite de Verão, antes do outro. Que eu me lembre nunca antes tinha ido assistir a um concerto de música clássica. Gostei muito. É diferente de se ouvir por CD ou na televisão. Quando terminaram, o senhor bem vestido à minha frente gritou "Bravo" e no intervalo ouviu-se uma voz pequenina a chamar pela mãe.

sábado, junho 07, 2008

Atelier de escrita II - A continuação (apenas devida aos comentários!)

Voltamos então à fatídica tarde, início da noite, em que ocorreu, salvo erro, a quinta sessão do 3º atelier de escrita...
Só no final, depois de termos permanecido em absoluto silêncio enquanto escrevíamos (excepto o barulho das canetas sobre o papel e os esclarecimento facultados aos colegas que chegaram atrasados, como eu, e já agora também o barulho dos passos dos colegas que chegavam atrasados, procuravam um lugar, sentavam-se e perguntavam aos outros o que é que estavam a fazer...) é que pouco a pouco se começaram a ler os textos. Depois da leitura de cada um, o Professor revelava afinal qual era o cheiro na caixa. Gostei especialmente das situações em que dois colegas dividiam a caixa, pelas diferentes aproximações que faziam. Assim duas colegas sortudas a quem saiu uma caixa com água de colónia falaram de frutos. Uma outra colega escreveu um texto que nos induzia a crer que o cheiro não lhe era agradável. O colega com a mesma caixa escreveu um texto que enaltecia o odor, e era: vinho!
Segue-se o texto que escrevi, com um desafio ou uma adivinha: de que é o cheiro? (devo é só acrescentar que não gostei do texto ou do cheiro, mas foi o que consegui arranjar e até me diverti a escrevê-lo):
De repente, sentiu necessidade de ir a casa de banho. No edifício vazio àquela hora, não havia ninguém a quem perguntar onde ficavam, nem nenhum sinal identificativo. Resolveu procurar. Deu alguns passos em direcção a um corredor mais escuro e sentiu o cheiro. Estava na direcção certa. Continuou. À frente, a intensificação do odor, confirmou-o. Por uma porta aberta à sua direita viu as louças brancas. Chegara onde queria, só esperou que estivessem suficientemente limpas para as poder usar."

quarta-feira, junho 04, 2008

Atelier de escrita

Na última aula do atelier de escrita fomos divididos por grupos. Cheguei atrasada e sentei-me na primeira mesa que tinha um lugar livre. Em cada mesa, à frente dos colegas estavam umas pequenas e misteriosas caixas brancas com uns cortes por cima. Porque o seu número era inferior ao nosso, alguns tinham de partilhar a caixa. O tema era o sentido do olfacto. O desafio era em silêncio, inspirarmos o cheiro da caixa à nossa frente e escrever depois um texto sobre o mesmo, mas sem o mencionarmos directamente. Só no final foi revelado qual era o cheio de cada caixa. Havia alguns bons e outros maus (o meu não era nada bom....).