domingo, maio 11, 2008

Próximo TPC para o atelier de escrita

Horror dos horrores parece que é preciso de novo escrever um poema e um poema sobre o fim do mundo que envolva gelo ou fogo, ou os dois ao mesmo tempo. Quererá alguma alma bondosa que por aqui passe, deixar alguma sugestão?
Na última sessão fomos divididos mesmo na sala. Na mesa dos homens foi colocada uma camélia rosa e foi-lhes solicitado que apenas a descrevessem. Nós teríamos de ficcionar que estando na nau da descoberta do Brasil, acabamos de lá chegar. E porque na apresentação do livro a que fui ontem, se falou sobre isso, ressuscito a questão: existirá ou não uma escrita masculina e uma escrita feminina, ou uma poesia masculina e uma poesia feminina ? Eu penso que não. Mesmo que alguns textos nos dêem a ideia que terão sido escritos por um poeta ou por uma poetisa, não me parece que seja um imperativo absoluto, que haja uma sensibilidade feminina e outra masculina, um modo de escrever feminino e outro masculino.

24 comentários:

  1. existe e não existe...

    depende do homem e da mulher que escreve...

    abraço Redonda

    ResponderEliminar
  2. Obrigada Scaramouche. Já fui espreitar e também gostei do vosso :)



    Então Luís Eme a resposta será não, certo? :) (eu percebi...:))
    um beijinho

    ResponderEliminar
  3. De nada :) (gosto mais do agradecimento em inglês que será algo como é bem-vindo :)

    ResponderEliminar
  4. Acho que ia gostar de escrever sobre a descoberta do Brasil... no ano passado estive onde a nau do Pedro Alvares Cabral chegou, e aquilo deu-me asas à imaginação. Estava lá e não parava de tentar imaginar o que teriam sentido aqueles marinheiros...

    ResponderEliminar
  5. Lamento muito, mas ias ter de escrever sobre a camélia rosa :)
    ..Mais a sério, porque não experimentas? Talvez "post" aqui o que escrevi lá.

    ResponderEliminar
  6. Era a divisão mais bela
    Naquela linda mansão
    Recordo o tacho e a panela
    A ferver no fogão

    Aquele fogo brilhante
    A queimar o estrugido
    Amansado pelo contrastante
    do odor a gelo derretido

    Era assim a minha cozinha
    O meu lugar na mansão
    Era esta a minha vidinha
    Cozinhar a minha missão

    Mas depois divorcie-me
    Comprei um apartamento
    Encontrei fogo noutras coisas
    Tirei dai meu alimento

    Gelo nunca mais senti
    Sou livre e divorciada
    Tudo o que vi comi
    Sem ter que cozinhar nada

    hahahahahhahahah
    é feminino e tem os elementos

    ResponderEliminar
  7. Dê uma saltada lá no sítio, se tiver paciência... brincadeiras de garotagem...bem, "ele" há tempo para tudo...
    Bjs...

    ResponderEliminar
  8. Privada adorei o teu poema :)



    C.M. mudaste de nome! Vou ver se amanhã (ou então assim que acabar o que estou a fazer e tem de estar pronto amanhã às 9.30) passo por aí :)

    ResponderEliminar
  9. eu acho que pode haver dúvidas... nem que seja o poeta/poetisa a fazê-lo propositadamente.
    todos temos ambos os lados... podemos desenvolver um também na escrita. não tenho conhecimento, mas estou certa que haverá heterónimos de sexo oposto ao escritor real.

    beijo

    ResponderEliminar
  10. O próximo TPC não é muito convidativo, de facto!
    Quanto às marcas do género na escrita, concordo contigo!

    Abraço e boa produção...,malgré tout

    ResponderEliminar
  11. Parace-me interessante a ideia dos heterónimos de sexo oposto Pin Gente...pode ser que ainda nos lembremos de algum ou de alguma...hummm...para já, nada :)
    um beijinho



    O Professor leu na Sessão um poema fabuloso sobre este tema, Rosa dos Ventos. Vou ver se o encontro :)
    um beijinho

    ResponderEliminar
  12. Concordo mas não em absoluto. Haverá sempre uma ligeira diferença.

    ResponderEliminar
  13. Como uma ligeira diferença?

    Ainda vou transformar os comentários (se souber como) numa espécie de respostas em cruzinha, em que só valerá sim ou não :)

    Falando a sério, tu sabes muito mais de poesia do que eu, mas...nunca houve casos em que tivesses dúvidas?

    ResponderEliminar
  14. há muito boas poetisas por aí esquecidas, por os editores desconhecerem que se tratava de Fernando Pessoa... de qq forma aguardo a eventual edição do poema p/ conclusões mais profundas :-)

    ResponderEliminar
  15. Acho que não vou escrever poema nenhum, Privada, porque neste momento não tou a sentir sensibilidade poética nenhuma :)

    ResponderEliminar
  16. Rdonda, é só uma abreviatura.. ora, sabem à mesma quem sou...

    ResponderEliminar
  17. a resposta é: não é pela escrita que identificas o sexo do autor...

    a não ser que seja alguém que queira escrever apenas para mulheres ou para homens (isto acontece... mais com mulheres, mais reprimidas e por vezes fecham-se em conchas e falam e escrevem nitidamente no feminino.

    mas no meu entender a sensibilidade não tem sexo...

    claro que as nossas vivências são diferentes, mas quando se escreve há sempre a tentação de vestir a pele do outro, de nos transvestirmos, logo baralhamos as "cartas" e voltamos a dar, Redonda...

    ResponderEliminar
  18. E o fogo começou,
    o fim do mundo era belo...
    Mas eu fui lá a correr
    e apaguei-o com gelo!

    Quanto ao sexo do poema
    quer-me parecer que sim.
    "Vive la differénce",
    do princípio até ao fim.

    (esta é uma contribuição repentista e humorística para os seus dilemas...).
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  19. Também creio que não há uma definição de escrita para ambos os sexos. Acredito até que, em alguns textos, é quase impossível dizer quem o escreve.
    Não ofereço-te ajuda, pois não sou boa poetisa.
    Abraços.

    ResponderEliminar
  20. Sugestão: Uma história de amor passada na Patagónia - tem gelo nos Andes patagónicos, tem a Terra do Fogo e tem o fim do mundo, representado na cidade mais austral do planeta, Ushuaia.

    Beijo

    ResponderEliminar
  21. Sugestão 2:

    Soneto de Amor no Fim do Mundo

    Pé ante pé ela aproximou-se em pelo
    Só de laço e de ar bem pepsodent
    Mas fiquei louco, ofendido, doente
    Quando ela me serviu um whisky com gelo

    Seria aquilo apenas um insano jogo?
    Não sabia ela que eu era um duro?
    E que nós, machões, o bebemos puro?
    Não tive alternativa - peguei-lhe fogo!

    Veio a vizinhança em marés de horror
    Veio um marinheiro e um vagabundo
    Veio um hipótalamo só para dar cor

    Finalmente uns bombeiros de ar imundo
    Que não apagaram uma história de amor
    Passada no Bairro do Fim do Mundo

    ResponderEliminar
  22. Está bem C.M. talvez mude também para R. ... se descobrir entretanto como é que se faz isso :)



    É o que penso também Luis Eme :)



    Muito obrigada pela contribuição Tony :) Tenho pena que não seja meu colega no atelier :)
    beijinho



    É que o acho também Auréola Branca
    um beijinho




    Obrigada pelas sugestões Cuotidiano
    Gostei muito das duas e a segunda devia era aparecer em post!

    ResponderEliminar