Horror dos horrores parece que é preciso de novo escrever um poema e um poema sobre o fim do mundo que envolva gelo ou fogo, ou os dois ao mesmo tempo. Quererá alguma alma bondosa que por aqui passe, deixar alguma sugestão?
Na última sessão fomos divididos mesmo na sala. Na mesa dos homens foi colocada uma camélia rosa e foi-lhes solicitado que apenas a descrevessem. Nós teríamos de ficcionar que estando na nau da descoberta do Brasil, acabamos de lá chegar. E porque na apresentação do livro a que fui ontem, se falou sobre isso, ressuscito a questão: existirá ou não uma escrita masculina e uma escrita feminina, ou uma poesia masculina e uma poesia feminina ? Eu penso que não. Mesmo que alguns textos nos dêem a ideia que terão sido escritos por um poeta ou por uma poetisa, não me parece que seja um imperativo absoluto, que haja uma sensibilidade feminina e outra masculina, um modo de escrever feminino e outro masculino.
parabéns pelo blog.
ResponderEliminarexiste e não existe...
ResponderEliminardepende do homem e da mulher que escreve...
abraço Redonda
Obrigada Scaramouche. Já fui espreitar e também gostei do vosso :)
ResponderEliminarEntão Luís Eme a resposta será não, certo? :) (eu percebi...:))
um beijinho
obrigado pelas palavras.
ResponderEliminarscaramouche.
De nada :) (gosto mais do agradecimento em inglês que será algo como é bem-vindo :)
ResponderEliminarAcho que ia gostar de escrever sobre a descoberta do Brasil... no ano passado estive onde a nau do Pedro Alvares Cabral chegou, e aquilo deu-me asas à imaginação. Estava lá e não parava de tentar imaginar o que teriam sentido aqueles marinheiros...
ResponderEliminarLamento muito, mas ias ter de escrever sobre a camélia rosa :)
ResponderEliminar..Mais a sério, porque não experimentas? Talvez "post" aqui o que escrevi lá.
Era a divisão mais bela
ResponderEliminarNaquela linda mansão
Recordo o tacho e a panela
A ferver no fogão
Aquele fogo brilhante
A queimar o estrugido
Amansado pelo contrastante
do odor a gelo derretido
Era assim a minha cozinha
O meu lugar na mansão
Era esta a minha vidinha
Cozinhar a minha missão
Mas depois divorcie-me
Comprei um apartamento
Encontrei fogo noutras coisas
Tirei dai meu alimento
Gelo nunca mais senti
Sou livre e divorciada
Tudo o que vi comi
Sem ter que cozinhar nada
hahahahahhahahah
é feminino e tem os elementos
Dê uma saltada lá no sítio, se tiver paciência... brincadeiras de garotagem...bem, "ele" há tempo para tudo...
ResponderEliminarBjs...
Privada adorei o teu poema :)
ResponderEliminarC.M. mudaste de nome! Vou ver se amanhã (ou então assim que acabar o que estou a fazer e tem de estar pronto amanhã às 9.30) passo por aí :)
eu acho que pode haver dúvidas... nem que seja o poeta/poetisa a fazê-lo propositadamente.
ResponderEliminartodos temos ambos os lados... podemos desenvolver um também na escrita. não tenho conhecimento, mas estou certa que haverá heterónimos de sexo oposto ao escritor real.
beijo
O próximo TPC não é muito convidativo, de facto!
ResponderEliminarQuanto às marcas do género na escrita, concordo contigo!
Abraço e boa produção...,malgré tout
Parace-me interessante a ideia dos heterónimos de sexo oposto Pin Gente...pode ser que ainda nos lembremos de algum ou de alguma...hummm...para já, nada :)
ResponderEliminarum beijinho
O Professor leu na Sessão um poema fabuloso sobre este tema, Rosa dos Ventos. Vou ver se o encontro :)
um beijinho
Concordo mas não em absoluto. Haverá sempre uma ligeira diferença.
ResponderEliminarComo uma ligeira diferença?
ResponderEliminarAinda vou transformar os comentários (se souber como) numa espécie de respostas em cruzinha, em que só valerá sim ou não :)
Falando a sério, tu sabes muito mais de poesia do que eu, mas...nunca houve casos em que tivesses dúvidas?
há muito boas poetisas por aí esquecidas, por os editores desconhecerem que se tratava de Fernando Pessoa... de qq forma aguardo a eventual edição do poema p/ conclusões mais profundas :-)
ResponderEliminarAcho que não vou escrever poema nenhum, Privada, porque neste momento não tou a sentir sensibilidade poética nenhuma :)
ResponderEliminarRdonda, é só uma abreviatura.. ora, sabem à mesma quem sou...
ResponderEliminara resposta é: não é pela escrita que identificas o sexo do autor...
ResponderEliminara não ser que seja alguém que queira escrever apenas para mulheres ou para homens (isto acontece... mais com mulheres, mais reprimidas e por vezes fecham-se em conchas e falam e escrevem nitidamente no feminino.
mas no meu entender a sensibilidade não tem sexo...
claro que as nossas vivências são diferentes, mas quando se escreve há sempre a tentação de vestir a pele do outro, de nos transvestirmos, logo baralhamos as "cartas" e voltamos a dar, Redonda...
E o fogo começou,
ResponderEliminaro fim do mundo era belo...
Mas eu fui lá a correr
e apaguei-o com gelo!
Quanto ao sexo do poema
quer-me parecer que sim.
"Vive la differénce",
do princípio até ao fim.
(esta é uma contribuição repentista e humorística para os seus dilemas...).
Beijinho.
Também creio que não há uma definição de escrita para ambos os sexos. Acredito até que, em alguns textos, é quase impossível dizer quem o escreve.
ResponderEliminarNão ofereço-te ajuda, pois não sou boa poetisa.
Abraços.
Sugestão: Uma história de amor passada na Patagónia - tem gelo nos Andes patagónicos, tem a Terra do Fogo e tem o fim do mundo, representado na cidade mais austral do planeta, Ushuaia.
ResponderEliminarBeijo
Sugestão 2:
ResponderEliminarSoneto de Amor no Fim do Mundo
Pé ante pé ela aproximou-se em pelo
Só de laço e de ar bem pepsodent
Mas fiquei louco, ofendido, doente
Quando ela me serviu um whisky com gelo
Seria aquilo apenas um insano jogo?
Não sabia ela que eu era um duro?
E que nós, machões, o bebemos puro?
Não tive alternativa - peguei-lhe fogo!
Veio a vizinhança em marés de horror
Veio um marinheiro e um vagabundo
Veio um hipótalamo só para dar cor
Finalmente uns bombeiros de ar imundo
Que não apagaram uma história de amor
Passada no Bairro do Fim do Mundo
Está bem C.M. talvez mude também para R. ... se descobrir entretanto como é que se faz isso :)
ResponderEliminarÉ o que penso também Luis Eme :)
Muito obrigada pela contribuição Tony :) Tenho pena que não seja meu colega no atelier :)
beijinho
É que o acho também Auréola Branca
um beijinho
Obrigada pelas sugestões Cuotidiano
Gostei muito das duas e a segunda devia era aparecer em post!