segunda-feira, outubro 22, 2007

Elizabete Leite




Na sexta feira tive o almoço com as duas amigas de quem já falei neste blog. Desta vez em vez de irmos à cantina fomos a um restaurante saudável que tem umas saladas muito boas (eu escolhi a de atum que tem também maçã e laranja além de tomate, milho, etc.). Depois do almoço convenci-as a virem comigo ver a exposição que está na Biblioteca de Santa Maria da Feira para alimentarmos também o espírito. Como na de António Joaquim, também nesta havia um folheto ou livrinho com texto e reproduções dos quadros o que acho óptimo. Neste momento estão expostos quadros de Elizabete Leite que nasceu na Venezuela em 21.1.1982 e reside em Oliveira de Azeméis desde 1989.
“Eu não quero que um quadro seja um complemento, a história que conta, mas antes que seja fundamentalmente a plasticidade que tem, não obstante a história que conta seja um complemento com importância para a plasticidade.”
"Pinta em telas de grandes dimensões, representando figuras próximas do tamanho natural, que ocupam grande parte do suporte. Estas, encontram-se envolvidas em ambientes que representam alegoricamente espaços interiores que ajudam a descrever a cena, o acto, pela sua constituição. Nestes ambientes encontramos objectos que geram o ambiente “casa”, “quarto”, “sala”, onde não há a preocupação de os arrumar, mas antes pelo contrário, testemunhar os actos apresentados como o prazer, a ousadia, o descanso, a felicidade de viver. As figuras, tendem a extremar bastante as características físicas das personagens representadas, que normalmente aparecem em roupas intimas, roupas interiores. Há nelas um prazer assumido, do qual não importa os resultados inestéticos do acto cometido. É nesta relação entre figura humana (personagem) e objectos que se constrói a composição sobre o suporte (tela), mas o que importa não é só esta harmonia entre objectos e espaço, mas sim a forma como se põe a tinta. Por isso, a maneira como as figuras são apresentadas propõe ser a ligação do que representam com aquilo que são: tinta, matéria plástica sobre um suporte, feita principalmente de traços e de algumas manchas, aceitando escorridos que só aparentemente são acidentais, assim como zonas por cobrir de tinta. Os elementos vão adquirindo forma e proporção com a justaposição e cruzamento de inúmeras pinceladas. O pincel exerce a função de uma coisa que risca, que constrói, resultado plástico do seu trabalho, que procura de forma agradável levar-nos para um mundo abstracto no meio de cenários com sentido figurativo e descritivo. " in:
Os quadros de que "postei" reproduções em cima tem por títulos "Guerreiros", "Alternativa I" e "Menina perdida". Gostei dos seus quadros, apesar de à 1ª vista quase chocarem, pelas cores e pelos temas, e penso que se reconhece neles uma forma de pintar muito própria.

4 comentários:

  1. Olá.Visitei a exposição na semana passada,trouxe o catálgo de cor vermelha.Bem, a pintura é de facto arrojada, diria um pouco chocante.Mas gostei.
    Cumprimentos

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  2. pelas imagens que mostras acho que gosto... o tamanho terá influência na decisão final... há muita cor, que tentei imaginar em tamanho família...
    talvez não consiga confirmar se gosto!
    beijo
    luísa

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  3. Tem todo o ar de merecer atenção.
    Estivesse mais à minha mão...

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  4. Então já estivemos a ver a mesma exposição :)



    Eu gostei, mas as minhas amigas não gostaram Pin Gente :)
    um beijinho para ti



    Está muitissimo à mão Rui, é mesmo, mesmo ao lado de Lisboa :)

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