terça-feira, fevereiro 13, 2007

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Só porque me lembrei agora: eu não era uma criança no início do século XX (a não ser que o fosse noutra reencarnação) e nessa altura penso que nem sequer sonhava em nascer. Tive foi a sorte de ter em casa muitos livros do meu pai e do meu avô, além de uma irmã mais velha que gostava de ler e também me influenciou a começar. Primeiro os livros da Enid Blyton e da Colecção Azul, depois os livros mais sérios, colocados nas prateleiras mais altas, alguns em segredo porque não eram para a nossa idade. Penso que apenas um me chocou, lido quando tinha 12 anos, Feras Humanas, relatos verdadeiros de sobreviventes de campos de concentração nazis. Houve outros que não compreendi muito bem ou não gostei muito à primeira, para depois redescobrir mais tarde e houve livros certos para uma determinada idade: os livros de Emílio Salgari, Sandokan, O Corsário Vermelho, O Corsário Negro e A Terra do Fogo, os livros de Júlio Verne, Dois Anos de Férias, Viagem ao centro da Terra, do Capitão Attilio Gatti (acho que era assim o nome) Na Terra dos Homens Leões, da Pearl S. Buck, do Somerset Maugham, da Agatha Christie, de Charles Dickens, etc., etc. Muitas vezes tive a sorte de me poder perder num livro.
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6 comentários:

  1. Há uma certa altura na vida da maioria de nós, em que temos uma hipótese de aplicar o que aprendemos nos livros, com vista a ganharmos a experiência que nos permitiria escrever os nossos próprios "erros". Ainda ninguém escreveu o que os outros pensam, mas conjectura-se imenso sobre o que pensaria a Dona Redonda. Esse livro único, na mão da autora, não se encontra em prateleira alguma, e certamente não serei eu que o irei ler, mas anseio por saber que está a ser escrito. As leituras são caminhos de uma interminável viagem, nunca têm fim, nem nos levam a nós.
    Um beijo

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  2. Gostei do que escreveste e fiquei a pensar nas tuas palavras.

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  3. Julio Verne e Emilio Salgari...
    Também eu, Redonda, devorei livros inteiros desses autores (sobretudo o primeiro), aos quais devo o meu interesse precoce por leituras mais profundas.
    Que saudades desses tempos já tão longínquos...
    Beijinhos

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  4. Lemos quase os mesmos livros... E eu ainda sou do tempo em que a minha mãe gritava: "Anabela, apaga a luz, já são horas de te deitares!" e eu dizia-lhe: "É só mais uma página, mãe..."lol

    Tenho pena que não tenhas coragem para, de uma vez por todas, iniciares esse caderno preto... Deixa-te de tretas, e reescreve-o! lol

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  5. :) Caderno preto está muito mau mesmo :)

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