terça-feira, setembro 12, 2006

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Eu tenho a ideia, facilmente confirmável por seja quem for, designadamente e por exemplo um eventual hipotético leitor, que muitos dos comentadores e comentários são bem melhores que a aqui “postadora” e “posts”.
Posto isto, vamos postar, repetindo um post e trazendo para o post parte dos comentários efectuados a esse post pelo Fábio (precisamente um comentador abrangido pelo supra referido, e bloguista - do blog The Dirty End of Winter - ver link ao lado ->) em sucessivos comentários.
No post
Do que é que não estamos livres que nos suceda:
- aparecer na Caras;
(aviso: nada da pânico, isto é só uma conjectura - pode ser só, em parte, num cantinho de uma fotografia, porque calhou irmos simplesmente a passar numa festa de gente famosa ou estarmos simplesmente num cais de onde partia um barco cheio de gente famosa, e pimba, lá estamos nós na fotografia);
- descobrirmos que já falámos com pessoas que aparecem na Caras; (no meu caso, a colega de um curso e uma colega de trabalho, nos dois casos a razão pela qual apareceram na Caras nada tinha a ver com o curso ou com o trabalho; será que estavam simplesmente no local errado na hora errada?);
- sermos surpreendidos quando esperamos mais e quando esperamos menos - aconselha-se a segunda;
- começar a ler blogues e mesmo criar um; (o que está muito facilitado, senão vejamos, até eu consegui criar um ...);
- ser beijada por um leão marinho (aconteceu-me há anos no jardim zoológico em Lisboa – a quem o queira evitar, é melhor não se sentar nos bancos estranhamente livres, mais próximos da piscina);

Nos comentários do Fábio (v. The Dirty End of Winter - link ao lado ->)
*Estar muitos anos sem encontrar um amigo, de quem continuamos a gostar, todos os dias, mas não fazemos nada para lho dizer
*Apaixonarmo-nos, todos os dias pela mesma pessoa
*Gostar tanto de uma música que nos tornamos capazes de discutir com o seu criador a autoria da mesma
*De ficarmos viciados num perfume, até perdermos de vista o contacto original
*De nos doer muito um dia, que mesmo assim não queremos que acabe
*Ter vontade irreprimivel de vir deixar um beijinho de saudades à Dona-Redonda
* De repente descobrires que há muito tempo que não sabes quem és.
* Passares a hesitar a cada passo
* Num instante e inadvertidamente dar um passo na direcção certa que nos desenovela o interior
*Baixarmo-nos para dar um nó nos sapatos e descobrirmos um nó na garganta quando re-erguemos o olhar
*Jogar toda a vida no euromilhões para descobrir tarde que as regras e o jogo da felicidade são outra coisa qualquer.
* Re-encontrar um desconhecido familiar (e prosseguir o dia cheiinho destas ambiguidades)
* Sentir todos os dias a garganta arranhar e perceber depois que o remédio adequado não será para o corpo.
* Dar três voltas ao mundo, ter o maior prazer quando se chega ao ponto de partida, e, depois querer iniciar a 4ª.
* Sentir a estranheza de ver os anos passar tão depressa e os dias tão devagar (ideia indecorosamente pilhada do Sr. José Carlos Fernandes, génio da BD)
* Atirar uma pedra ao ar, e ela não nos cair na cabeça, mas noutra, de alguém que nos dói muito mais.
* Sentir a vida escorrer entre os dedos, fecha-los com força, e ela passar ao lado.
*Esperar pela redenção da noite e adormecer durante o dia.
Agora a continuação poderá ser comentada aqui...

4 comentários:

  1. Já não é arte este blog.
    Mas é de uma artista. Parabéns pela liberdade temática.
    Um beijo

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  2. Querida Redonda, que bem que me embaraças. Que bem me fazes. A ideia original, tua, completamente tua - O que não estamos livres que nos aconteça - é que me agarrou. E, como percebeste, me viciou.
    Agradeço profundamente as tuas palavras, que tentarei, com o tempo, fazer por merecer.
    Obrigado por toda a doçura que emana da tua página.
    Obrigado por toda a inteligência, toda a humildade, toda a inspiração.
    Beijinho

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  3. Continuando (Parte VII):

    *Fustigarmos o corpo com procuras, esvaziando-o de certezas.

    *Procurarmos tanto a liberdade que nos tornamos reféns da prisão que é querer não ter prisões (ou de como a busca de desenraizamento é paradoxalmente um peso)

    *Deslumbrarmo-nos com o fascinio e esquecer de espreitar para trás da cortina

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  4. Olá Jorge Pereira, obrigada pelas tuas palavras :)

    Um beijinho

    Olá Fábio :) ainda bem que vais continuar...depois daqui a um tempo actualizamos o nosso post :)

    Um beijinho

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