terça-feira, agosto 29, 2006

.

Hesito entre insistir em falar sobre arte ou pranchar fotografias em blog.
Não voltei a pegar no Heidegger. Aliás pegar no livro até peguei e com a intenção de ler mais qualquer coisa, mas inúmeras solicitações exteriores (como ir assistir a telenovela mexicana, ou a jogo de futebol, sem dúvida igualmente interessantíssimo, ou ir simplesmente ver se alguém viria a passar pela minha rua e constatando que não, ficar então a aguardar que alguém o fizesse...) afastaram-me desse digno e alto propósito.
Por outro lado, ainda não meti as fotografias dentro do computador, tarefa que quando sou eu a executá-la, costuma levar algum tempo (será que é normal que leve tanto tempo? será possível copiar todas as fotografias de uma só vez? - tenho de reflectir profundamente sobre isto ou então encontrar alguém que perceba alguma coisa do assunto).
Acho que vou ficar apenas por experiências ao nível da apresentação do post.
Bem, talvez apenas alguns comentários sobre viagem à Régua (até porque não estou muita inspirada para experiências em blog). Gostei de ter ido lá no meu carrinho, perdendo-me só, já depois de ter chegado à cidade. Na subida no Marão, pisando o acelerador, na 4ª velocidade, só ia a 80 Km. Na descida, porque me dava impressão, mantinha a mesma velocidade, ou reduzia-a ainda mais, para desespero de condutores mais experientes atrás de mim. Já agora, se por acaso algum hipotético eventual leitor também veio a descer o Marão no Domingo por volta das 21.30, peço sinceramente desculpa, mas sou mesmo trenga a conduzir. Isto faz-me lembrar uma história que me contaram sobre um senhor que não percebia porque havia tantas queixas do trânsito, uma vez que ele nunca encontrava carros à sua frente. Mas não os encontrava à sua frente porque seguia tão devagar que os da frente se eclipsavam à sua frente e atrás de si formava-se longa fila de condutores exasperados...
No Marão eu sou do género de me alegrar quando encontro um camião ou outro condutor vagaroso à minha frente (embora mais vagaroso do que eu seja difícil) para fingir depois que só sigo àquela velocidade por o da frente me forçar a tal. Só que não é fácil encontrar outro condutor como eu...
Nada a propósito recordo o ditado "Atrás do Marão, mandam os que lá estão". Parece-me muito inspirador para redacção de conto com personagens fortes a assassinarem-se umas às outras - de onde se deduz que também não teria jeito para escrever conto... .
E a paisagem é muito bonita, com o rio a correr entre os montes. Inspiradora para pintura de quadro... mas felizmente já há algum tempo que me deixei disso. Ocorreu-me agora que com o scanner poderia postar aqui o resultado de antigas experiências minhas em pinturas a pastel e óleo ... ideia muito interessante - imortalizar na net o inimortalizavel, pior ainda que qualquer fotografia! Vou ter de reflectir profundamente sobre isto.

2 comentários: