segunda-feira, junho 26, 2006

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A partir de agora neste blog vai-se reflectir sobre assuntos sérios.
E não mais narcisisticamente sobre o que a autora dos posts faz mal ou faz de todo (até porque faz muito pouco).
Claro que a reflexão sobre os assuntos sérios pode ou não ser séria. Como se mantém a mesma autora provávelmente não será. Mesmo querendo que o fosse. Ou até não.
Por outro lado são as minhas reflexões e neste momento. Qualquer pessoa pode discordar. Todos podem discordar. Muito possívelmente também eu irei discordar no momento seguinte.

Primeiro assunto sério: como é que nos apaixonamos?
Do alto da minha grande experiência pessoal irei agora e pela primeira vez revelar os 4 passos para tal:
1º - estar disposto a isso - se não for assim não vamos sequer ver aquela pessoa passando ela mesmo à nossa frente;
2º - o encantamento pela outro - ser capaz de reparar em determinados aspectos físicos ou outros e fixá-los (atenção é reparar de uma forma positiva, e não negativa, senão não seria encantamento mas outra coisa qualquer);
3º - não ter medo, nem ser demasiado exigente ou seja confiar e não estar constantamente a pensar que a próxima pessoa que se irá conhecer é que será a alma gémea (e já agora qual o interesse de nos apaixonarmos por uma alma gémea, no mínimo além de narcisista deve ser muito monótono...);
4º - ainda não decifrei este...como é que se chega à intensidade da agonia e do paraíso, será que acontece simplesmente e não adianta de nada seguir estes passos? (aproveitemos para citar Jean de La Bruyére, in Les Caractères: "O amor nasce bruscamente, sem outra reflexão, por temperamento ou por fraqueza." por oposição à amizade que segundo o mesmo autor "forma-se pouco a pouco, com o tempo, pela prática, por um longo convívio.").

Segundo assunto sério: como é que fazemos com que a outra pessoa se apaixone por nós? (claro que não é por nós, plural, será por mim, ou por quem está a ler, no singular...)
Li um artigo há tempos no qual se dizia que para conseguir que uma rapariga se apaixonasse bastaria fazer-lhe uma declaração de amor apaixonada. Mesmo que antes nunca o tivesse visto de uma forma romântica ela ficaria a pensar nele. Isto era o que vinha no artigo. Está bem, ficaria a pensar nele, mas o quê? Que era louco e o melhor era fugir-lhe mal o avistasse ou que seria até uma ideia dar-lhe uma oportunidade?
No mesmo artigo escrevia-se que para o caso contrário do alvo ser masculino, bastaria escutá-lo com toda a atenção. Tudo bem. Não parece difícil. Mas, e se ele fica calado? vamos escutar o quê, sim? Sobre esta parte resolvi fazer algum trabalho de campo, inquirindo alguns sujeitos masculinos. As respostas unanimes vão no sentido da correcção da teoria... se a rapariga for tipo Angelina Jolie. Mas neste caso ela tanto pode estar a escutar o alvo atentamente como estar a fazer outra coisa qualquer...

Terceiro assunto sério: você chegou lá, como manter-se apaixonado? (isto está a parecer o título de um artigo de uma revista feminina, não que eu leia alguma ou alguma vez tenha lido). Admitindo-se que seja possível, até porque desde logo acho muito irritantes os artigos que se referem a hormonas e afirmam que a paixão só pode durar três anos (e claro que há muitos casos que nem isso). Pois é, mas quanto à resposta, não faço a mínima ideia. Talvez injecções de hormonas...
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6 comentários:

  1. Muito bem, começo já por discordar, depois de continuar a lêr logo vejo de quê...

    Ena, com tantos assuntos sérios, nem sei de que é que hei-de discordar!

    Bom o melhor é esperar por novos desenvolvimentos, quem sabe ainda poderei recolher alguns ensinamentos.

    Um beijo

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  2. Acho muito bem que discordes... :)
    Eu já estou a discordar também...
    um beijinho

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  3. Assuntos sérios bem doseados aqui e ali com umas pitadas de humor. Gostei!

    Quanto ao 1º assunto sério, concordo com muita coisa. Também acho que isso das "almas gémeas" não passa de um conceito demasiado abstracto. As pessoas devem procurar umas nas outras motivos de interesse, baseadas não apenas nas semelhanças mas também nas diferenças. Senão é como tu dizes, a relação pode estagnar por não haver ali pontos discordantes ou visões um pouco diferentes para a estimular. E no fundo quem é que se quer apaixonar por um outro "eu"? Só mesmo uma pessoa narcísica... que normalmente é incapaz de dar o devido valor ao outro.

    Não conhecia o sr.Bruyére, mas não concordo com ele quanto ao que ele diz sobre o amor. Acho que o amor não nasce bruscamente ou pelo menos não tão repentinamente... a isso talvez seja mais correcto chamar paixão. É claro que numa relação amorosa o ideal é começar pela paixão e ir-se desenvolvendo um sentimento de amor. Mas tal como a amizade, o amor também cresce aos poucos (a velocidade a que isso ocorre é que se calhar varia de casal para casal...).

    Ainda só falei do 1º assunto e o texto já vai tão longo...

    Se me autorizares, voltarei aqui para continuar.. :)

    Ai as secas que eu te prego!...

    Beijinho

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  4. Mais do que autorizar és muito, muito bem-vindo e não pregas seca nenhuma
    um beijinho

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  5. Subescrevo o meio-comentário do Cláudio

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  6. Também és muito, muito bem-vindo.

    Continuo no rasto dos comentários... e quase em simultâneo...

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