domingo, junho 04, 2006

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Novo momento de poesia de anónimo (não se preocupem eventuais leitores em princípio é mesmo o último porque sou mais de prosa)

Sinto-te mais longe de mim

Ainda que grite
E me rasgue
Sinto-te mais longe de mim

Agora apenas o reconheço
Numa estranha calma assente
Porque não sou quem era
E não sei quem sou

E neste tempo desconforme
Mesmo que sob a sombra do cão negro
Já só a falta de sentir falta

Há um certo alívio da dor
Nesta dormência dos sentidos
Pelo que não faço nada
Só escrevo
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4 comentários:

  1. Para começar, escrever já é alguma coisa.

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  2. É verdade, mas é capaz de ser melhor ficar pela prosa...

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  3. Não sou quem era nem sei quem sou...
    Pelo que não faço nada, apenas escrevo...
    Para quem noutros post se recusou a escrever ou se limitou a dizer que não levava jeito pra coisa, não está nada mal não senhora, cara redonda que não é redonda, grande que não é pequena, buliçosa que não é pacata ;-)
    Bjos daqui
    Eugénio

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  4. Obrigada pelo que escreveste. Estava num dia cinzento e as tuas palavras e voltar aqui, animaram-me.
    Um beijinho

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